Movimento Campinas sem
Trabalho Infantil: PresenT.I. AusenT.I.
MITOS & VERDADES​
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A aceitação e o consentimento da sociedade para o trabalho desenvolvido por crianças e adolescentes, como fatores positivos ao desenvolvimento, colaboram para a manutenção destes em atividades laborais. Ocorre uma naturalização do Trabalho Infantil.
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Muitos mitos perduram para o senso comum, que acredita e defende que o trabalho evita a criminalidade, afasta das drogas, forma um bom caráter, ensina os papéis de gênero (meninos e meninas), prepara um futuro honesto, entre outros. Com isso, ouvimos: “Trabalhar não faz mal a ninguém”, “Quando a família está com dificuldades financeiras, a criança e o adolescente tem a obrigação de ajudar trabalhando”, “Tudo bem o irmão mais velho cuidar da casa e dos irmãos menores para os pais trabalharem”, “O trabalho afasta as crianças e os adolescentes das drogas”, “É melhor trabalhar do que roubar”, “Criança que trabalha fica mais esperta”, “O trabalho da criança ajuda a família”, “Quem começa a trabalhar cedo garante o futuro”, “Tudo bem trabalhar se a criança e o adolescente continuarem na escola”, “O adolescente que vende drogas não é trabalhador, é um “bandido””, “Se criança pode trabalhar na novela, em peça de teatro ou musicais, pode trabalhar em qualquer lugar”.
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Segundo dados do IBGE – PnadC 2019, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 1,8 milhão de crianças e adolescentes se encontram em situação de trabalho infantil, representando 4,8% do total. No ano de 2019, o disque 100, recebeu 4.245 denúncias de trabalho infantil, segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH). No mundo, uma em cada 10 crianças estão em situação de trabalho infantil, segundo as Nações Unidas.